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Museus



Na Grécia Antiga o Museu era o templo das Musas.

Era um espaço sacralizado destinado a proteger a memória.

Um local onde as Musas viviam e falavam do passado mais longínquo: o tempo das origens quando apenas o caos existia.

Filhas de Zeus e Mnemosyne, poder e memória, as Musas aparecem, irremediavelmente, ligadas à gênese do Museu.

Neste sentido, reafirmar a origem mítica do Museu significa identificá-lo como território onde se articulam a evidência material do objeto em exposição com a evocação de um contexto histórico e de um modo de vida que já não existem mais.

Deste modo, o museu apresenta-se como um horizonte de experimentações e vivências, espaço propício para suscitar e ativar a emoção do visitante, convidando-o para participar do jogo da produção identitária e da articulação de sentidos.

Ao apostar nessa proximidade entre museu e mito, pretendo assinalar a importância dos Museus Açorianos enquanto instituições da memória, espaços míticos onde se rememora continuamente o começo de todas as coisas em cada um dos microcosmos específicos das nove ilhas.

COLEÇÕES ECLÉTICAS

O Museu Carlos Machado, criado em 1876 e aberto ao público em 1880, apresenta-se, hoje, como uma instituição de serviço público, determinada em conservar, preservar e divulgar o seu vasto e riquíssimo património, alicerce e expressão da identidade de um povo de Ilha e de mar largo. Assim sendo, esta instituição, mais que centenária, ao juntar as suas idades garante a continuidade entre o passado e o futuro, mostrando-se hoje ampliada e renovada.

(Texto: Dr. Duarte Manuel Espírito Santo Melo – Diretor do Museu)

 

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https://museucarlosmachado.azores.gov.pt/pt/omuseu

vasco lusitano

O Museu da Horta foi criado em 1977 tendo-lhe sido atribuído para a sua instalação o antigo Colégio dos Jesuítas, um imóvel do séc. XVIII, anexo à Igreja Matriz da ilha do Faial, classificado como Monumento Regional.

O Museu da Horta está enquadrado na categoria de Museu Regional, o que considerando a diversidade e qualidade do seu acervo se concebe como um museu de caráter histórico, com uma vocação de âmbito regional em matéria de política de aquisições, conservação e investigação.

Repositório de um património de valor simbólico, o Museu da Horta é formado por conjunto heterogéneo de coleções, compreende um período cronológico que vai do século XVI à atualidade: etnografia, objetos e engenhos ligados a antigos ofícios e às tecnologias tradicionais agrícola, do linho, da lã e cerâmica; objetos tecnológicos, relacionados com a história do Porto da Horta, como com as estações do cabo submarino que entre os séculos XIX a XX operaram neste centro nevrálgico de comunicações do Atlântico Norte; arte sacra; artes plásticas; documentos fotográficos; documentos impressos e manuscritos; exemplares de história natural.

Para além do espólio descrito, realça-se a exposição permanente em miolo de figueira, uma coleção única no mundo que o integra desde o ano de 1980, sendo esta produção de um único autor, Euclides Rosa.

(Texto: Diretoria do Museu da Horta )

 

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http://www.museu-horta.azores.gov.pt/museu/

domingos rebelo museu do faial

Museu de Angra do Heroísmo

Criado oficialmente a 30 de Março de 1949, sob a égide da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, o Museu de Angra teve como primeiro director Manuel Coelho Baptista de Lima, que orientou os seus destinos ao longo de três décadas.

Teve como primeiras instalações definitivas o Palácio Bettencourt, que partilhou com o Arquivo Distrital de Angra, entre 1951 e 1969, ano em que foi transferido para o actual edifício, o convento de S. Francisco.

A principal característica do acervo do Museu de Angra é a diversidade. Nesta reside, em parte, a sua grande riqueza. São notáveis as suas colecções de história militar e de transportes dos séculos XVIII e XIX, que permitem compará-lo a outros museus portugueses; de pintura, de imaginária, de cerâmica e de mobiliário, que o colocam numa posição privilegiada entre outros museus regionais; e de etnografia que o tornam, naturalmente, representativo doutras formas da cultura terceirense.

(Texto: Direção do Museu)

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https://museu-angra.azores.gov.pt/index.html#gsc.tab=0

COLEÇÕES ETNOGRÁFICAS E TEMÁTICAS

A sede do Museu das Flores fica no Convento de São Boaventura e tem como responsabilidade a gestão da Fábrica da Baleia do Boqueirão.

A fábrica foi mandada construir por Francisco Marcelino dos Reis para aproveitamento do óleo de cachalote e produção de guanos. Os trabalhos decorreram entre 1941 e 1944. Esteve na posse de vários proprietários e encerrou a actividade em 1981.

O Convento de São Boaventura tem a sua origem numa escritura de doação do padre Inácio Coelho, irmão de Frei Diogo das Chagas, datada de 1641. Os franciscanos aí permaneceram até ao advento do liberalismo. António Vicente Peixoto Pimentel comprou o convento, em 1873, para doá-lo à Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz das Flores, com o fim de nele ser instalado um hospital para servir os povos das Flores e do Corvo. O edifício manteve essas funções até aos finais dos anos sessenta do último século. Nessa altura foi adaptado a escola e no ano de 1993, depois de profundas obras de restauro, reabriu ao serviço do Museu das Flores.

Tem uma fachada apalaçada em que predomina a horizontalidade. Caracteriza-se por uma acentuada angulosidade e intensa planimetria dos seus elementos compositivos.

(Texto: Dr Luís Filipe Vieira Noia – Diretor do Museu)

 

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http://www.museu-flores.azores.gov.pt/

Museu Francisco Lacerda

Edificado nas ruínas da antiga Fábrica de Conservas de Marie d’Anjou, na encosta íngreme e sobranceira ao Cais da Vila da Calheta, o Museu Francisco de Lacerda, tem como missão o estudo, a preservação, a valorização e a divulgação do património jorgense e da sua comunidade.

Em 1984, a Secretaria Regional da Educação e Cultura, adquire o antigo edifício para nele ser instalada a Casa Etnográfica, que em 1991 é inaugurada com a designação de Museu de S. Jorge. O Museu Francisco de Lacerda assimila, deste modo, as suas origens e a cultura local através das coleções assentes nas temáticas da Ilha de São Jorge, da Música (erudita, popular, de Francisco de Lacerda e das bandas filarmónicas) e ainda da Indústria Conserveira, entre outras. (Texto: Drª Virgínia Maria Reis)

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http://www.museu-franciscolacerda.azores.gov.pt

Museu da Ilha Graciosa

Foi num contexto político de valorização e proteção do património cultural açoriano que, em 1977, foi criada a casa etnográfica da Ilha Graciosa, espaço de acolhimento do acervo museológico inicial e que foi sendo posteriormente reestruturado e ampliado, tomando a partir de 1991 a designação de Museu da Graciosa.

Instalada num granel, edifício representativo da arquitetura local e do passado socioeconómico da ilha, ligado à produção e ao armazenamento dos cereais e do vinho, a Casa Etnográfica foi inaugurada a 6 de dezembro de 1983, com um programa expositivo assente na ideia da museografia ilustrativa dos espaços domésticos graciosenses e dos ofícios tradicionais, tendo sido mantidos os três lagares de origem.

A partir de 1991, na sequência da reformulação orgânica dos museus tutelados pela Direção Regional da Cultura, a Casa Etnográfica passou a designar-se Museu da Graciosa, assumindo também, a partir desta data, uma estrutura multipolar. (Texto: Dr. Jorge Cunha – Diretor do Museu)

 

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Ecomuseu do Corvo é um museu de território que abarca toda a Ilha do Corvo, na Região Autónoma dos Açores. Sendo um projeto museológico conquanto pretende salvaguardar, valorizar e transmitir o património corvino (cultural, natural, humano e paisagístico) é, em simultâneo um projeto de desenvolvimento pois visa a mobilização desse património para o desenvolvimento local sustentável.

Conta já com uma estrutura física, a Casa do Tempo, onde os visitantes podem apreender, através dos conteúdos expositivos, a informação que lhes permitirá compreender e interpretar o que encontram no território.

Este e um processo dinâmico através do qual a comunidade corvina preserva, interpreta e gere o seu património – cultural, natural, humano e paisagístico – para o desenvolvimento sustentável. (Texto: Direção do Museu)

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http://www.culturacores.azores.gov.pt/ecomuseu-do-corvo/

O Museu de Santa Maria encontra-se instalado numa casa do centro da freguesia de Santo Espírito. Ocupa um edifício de dois pisos e dispõe de um anexo que serve como reserva. Este imóvel construído no início do século XX, denota na sua arquitetura algumas das alterações sofridas ao longo do tempo, não se podendo considerá-lo como uma casa tipicamente rural. Dos elementos arquitetónicos mais relevantes, destacam-se as duas chaminés tubulares e a forma bojuda do forno, elementos característicos da arquitetura rural mariense.

O Pólo do Museu de Santa Maria fica localizado na Zona Histórica de Vila do Porto, primeiro burgo urbano nos Açores de caraterísticas medievo renascentistas.

Ocupa dois imóveis o primeiro a antiga residência do insigne historiador mariense Manuel Monteiro Velho Arruda (Vila do Porto, 5 de dezembro de 1873 — Coimbra, 24 de novembro de 1950) foi um médico e historiador açoriano. (Texto: Direção do Museu)

 

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Museu do Pico

Enquadrado na categoria de Museu Regional, o Museu do Pico reúne as extensões do Museu dos Baleeiros, na vila das Lajes, do Museu da Indústria Baleeira, na vila de São Roque, e do Museu do Vinho, na vila da Madalena.

Os três polos/núcleos museológicos assumem-se como instrumentos capazes de propiciar a valorização do património cultural da ilha do Pico e de colaborar na construção da sua identidade, fazendo o levantamento, a preservação, o estudo e a divulgação das suas memórias coletivas, associadas aos históricos ciclos regionais da baleação e da vitivinicultura. (Texto: Direção do Museu)

 

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